Quem sou eu? Ponho-me a pensar. Batizado nas águas do devir, Sou plural ou singular? Sou homem, mas Sou mulher, mas Sou ambos e mais. Sou um animal Fincado na terra Com cabelos de folha. Quem sou eu? Sou eu quem sou Quem sou eu, Sendo quem eu quiser. Quem sou eu? Tudo que um nada é. Não escrevi o começo E jamais escreverei o fim. Sou você. Somos O verbo estar.Sem brinco, sem barba, Sem pelo, sem nada, Busco renascer. Quero voltar a ser O que um dia fui. Um barro virgem, Um desconhecido burro, Um corpo em vertigem. Pra seguir a dança, Não basta uma dama. Tampouco, basta esperança. Pra seguir a dança, É preciso estar em mudança, Desconhecer toda e qualquer previsão, Jamais esperar pelo refrão E pisar descalço onde não tem chão.
Guilherme Couto tem 20 anos, faz engenharia na UFJF, mas vem da região serrana do rio. É apaixonado por arte e fã do modernismo brasileiro. Escreve pra se descobrir

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